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Como Lucrar e Se Proteger com a Selic em Alta

A recente elevação da taxa Selic pelo Banco Central, motivada pela deterioração das expectativas macroeconômicas, tem impulsionado os investimentos atrelados ao CDI e à própria Selic. Entenda por que a renda fixa pós-fixada se torna tão atrativa neste cenário e como proteger seus investimentos da inflação.

Por que a Selic em alta favorece a renda fixa?

O Banco Central acelerou o ritmo de aumento da Selic em 2024, elevando-a para 12,25% ao ano — um ajuste mais agressivo do que o previsto anteriormente. Economistas agora projetam que a taxa pode atingir 13,50% ao final de 2025, com o mercado futuro especulando taxas superiores a 14%.

Esse cenário é resultado de medidas fiscais decepcionantes e do aumento das pressões inflacionárias. Com a sustentabilidade da dívida pública em xeque, investidores demandam juros mais altos para financiar o governo, enquanto o Banco Central intensifica o aperto monetário para controlar a inflação e ancorar as expectativas do mercado.

Renda fixa: a escolha conservadora para 2024 e 2025

Com o aumento da Selic, investimentos conservadores, como os títulos pós-fixados, ganham destaque. Essa modalidade é indicada tanto para curto quanto médio prazo devido à combinação de baixos riscos e retornos atraentes.

Opções de renda fixa pós-fixada

Entre os investimentos pós-fixados mais recomendados estão:

  • Tesouro Selic: Disponíveis no Tesouro Direto, são ideais para investidores que buscam segurança e liquidez.
  • CDBs e LCAs: Títulos bancários com cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), oferecendo retornos como:
    • LCA Banco ABC Brasil: Retorno de 95% do CDI, vencimento em 2027 (isento de IR).
    • CDB Banco Daycoval: Retorno de 110% do CDI, vencimento em 2027.
    • CDB Banco Sofisa: Retorno de 111% do CDI, vencimento em 2026.
    • CDB Paraná Banco: Retorno de 114% do CDI, vencimento em 2027.

Como proteger sua carteira contra a inflação

Apesar do momento favorável aos pós-fixados, especialistas recomendam diversificar com títulos indexados à inflação, especialmente para prazos superiores a cinco anos. Esses títulos oferecem proteção contra a perda do poder de compra e podem gerar retornos ajustados à inflação de até 7% ao ano.

Principais opções de títulos indexados ao IPCA

  • Tesouro IPCA+: Rentabilidades próximas a IPCA + 7% ao ano, ideais para objetivos de longo prazo.
  • Debêntures incentivadas, CRIs e CRAs: Isentos de IR, esses títulos privados são recomendados por bancos como BTG Pactual e Itaú BBA, com foco em emissores de baixo risco de crédito.

Para horizontes de curto e médio prazos, títulos indexados ao IPCA também podem ser considerados, sobretudo diante de incertezas quanto à política monetária futura.

Dicas finais para investir com segurança

  1. Diversifique sua carteira: Combine títulos pós-fixados e indexados à inflação para equilibrar risco e retorno.
  2. Priorize emissores confiáveis: Escolha instituições financeiras sólidas para evitar riscos de inadimplência.
  3. Considere o prazo: Alinhe os investimentos ao seu horizonte financeiro, diferenciando objetivos de curto, médio e longo prazo.

Com a Selic em alta, a renda fixa se consolida como a opção mais segura e rentável para proteger e valorizar seu patrimônio em 2024 e 2025. Avalie suas metas e aproveite as oportunidades deste momento econômico.

O autor do Investidor Real é um observador atento do mercado financeiro, dedicado a manter seus leitores atualizados com as últimas notícias e tendências econômicas. Seu objetivo é descomplicar o universo dos investimentos, fornecendo informações claras que auxiliem na tomada de decisões financeiras bem-informadas.

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